por Márcio José Rodrigues
No ano de 2000, a tricentenária e veneranda Igreja Matriz silenciou seus sinos pelos próximos 3 anos, para restauração do templo, as cerimônias eram realizadas no grande salão do Centro Cultural. Quando eles voltaram a soar em 2003, à tardinha e de surpresa, durante a celebração da Santa Misssa, uma forte emoção tomou conta de todos, silenciosa, feita de sorrisos em rostos iluminados.
Os sinos da velha igreja,
A manhã iluminada,
A rua onde eu morava,
Acordando ensolarada.
Passos leves pela casa.
Minha mãe, pé ante pé.
Pouco depois, da cozinha,
O aroma do café.
Um arco-íris travesso,
Filtrando na gelosia,
Um vento de mar soprando.
Um cheiro de maresia.
A vida recomeçando,
O ruído na calçada,
Da gente, sob a janela,
Passando pouco apressada.
Os sinos da "Santo Antônio",
Lembrando a doce fortuna,
De se despertar de um sonho,
E amanhecer na Laguna.
Márcio José Rodrigues
5 comentários:
Doc. Gostei muito!
Um abraço.
Nossa! Que show!
Adorei! Parabéns!
O repicar dos sinos em nossa Matriz Santo Antonio dos Anjos nos emociona, principalmente na festa de nosso lindo e querido Padroeiro.
Lindo ..lindo o poema sobre nossa Laguna.
Abração amigo Doutor Márcio
Parabéns
Maria de Lourdes Castro
Olá Márcio,
Parabéns pela linda peça.
Um abraço,
atanazio lameira
Meu caro Dr. Márcio
As lides de um aposentado em final de semana, me fizeram passar desapercebido o badalar dos sinos da matriz. Felizmente, agorinha, repassando teu blog encontrei essa cadura de beleza no teu puro estilo saudosista. Quanta coisa pode derpertar uma sonora badalada! Viajei longe... nas notas plangentes momorativas de tantas coisas,causos, causas e pessoas.
Meu irmão, que bom ser teu contemporâneo e ouvir, por isso, no mesmo tom, os sinos de teu poetar.
Com carinho do João Jerônimo, o Jota.
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