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por Márcio José Rodrigues
Dorme Sua Excelência O sono do justo (ou do justiceiro) Sem culpa nem remorso Na noite escura da sociedade O estuprador estrangula Mais uma menininha Antes que os olhos embacem Mostra-lhe o “habeas corpus” Concedido por Sua Excelência O matador profissional Repete indefinidamente A rotina macabra Da chacina dos inocentes Calando vozes clamantes De justiça e abandono Para Sua Excelência Não satisfazem os brados Das testemunhas Das mães desesperadas Das viúvas e dos órfãos Nem das marcas gravadas Em série como troféus Na coronha da pistola Outra Sua Excelência Eleita e genocida Rouba a verba das vacinas Da construção do hospital Da compra das ambulâncias Porque Sua Excelência Garante a impunidade Quem trabalha É punido com o pesado ônus Das taxas e dos juros Pois com eles Sua Excelência Não tem clemência Senhor Deus Este teu povo Precisa mais que justiça Precisa de vingança! |
3 comentários:
Meu decano amigo
Disse Publilio Siro: ( Iudex damnatur, cum nocens absólvitur.)
“ O Juiz se condena, quando absolve um culpado”.
Abraços e parabéns.
Meu querido, tu és o cara!!!!
Parabéns e saúde.
Segue em frente.
Até...
Vaninho Faraco
O cara é você. Tenho o maior bem querer em ser teu amigo.
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