por Jacqueline Aisenman *
”Entre as rotineiras, casuais, inesperadas, fáceis, árduas,temporárias, definitivas, voluntárias, indesejadas...Passamos nossa vida entre despedidas.
”Entre as rotineiras, casuais, inesperadas, fáceis, árduas,temporárias, definitivas, voluntárias, indesejadas...Passamos nossa vida entre despedidas.
As que nem se percebe, pouco ou nada causam; outras deixam sensações que podem ou não durar. E tem aquelas que marcam tão forte como se um ferro quente cravasse nosso coração.
Despedimo-nos de pessoas e animais (ai, estas despedidas tantas vezes cruéis!); despedimo-nos de épocas (adeus infância, adeus juventude, adeus...); despedimo-nos de fatos (saudades depois?) e mesmo de objetos (aquela blusa que eu usava quando te conheci, o vestido daquele baile...).
Despedidas são sempre despedidas, e é nossa maneira de encará-las que lhes dará a real densidade. Mas no fundo, o que importa é que as despedidas são idas, e as idas sempre trazem voltas. Senão do mesmo, do novo que irá nos confortar ou ao menos suavizar o sofrimento que a ausência provoca tantas vezes.”
* Escritora e poeta brasileira nascida em Laguna, hoje residente em Genebra, Suíça.
Entre várias publicações teve seu recente livro de contos "Lata de Conserva" premiado pela Academia Catarinense de Letras. Mantém várias publicações eletrônicas, como blogs e a revista "Varal do Brasil" (também lançado em duas edições impressas), onde prioriza os autores brasileiros.
Empreendedora e apaixonada por escrever, abriu em Genebra recentemente a LIVRARIA DO VARAL que acolhe os escritores conterrâneos.
postagem Márcio José Rodriguses
2 comentários:
É isso aí, menina querida do Chá-Chá: A vida é um contínuo despedir do agora que virou passado, mas é também um continuo acolher o futuro que chega ao presente, como um presente.
Sim, a densidade da despedida reside em nossa subjetividade e temporalidade. Como ademais, gostei desse seu texto, breve, profundo e quotidiano. Parabéns! Um dia quero conhecê-la pessoalmente, também porque, assim, conheci teus saudosos e queridos pai e vovô Abelardo.
Um abraço de seu, agora conterrâneo, com muito orgulho, João Jerônimo de Medeiros.
Obrigado ao Márcio por trazer Jacqueline até nós.
E la no blog do Varal nós estamos perguntando: Por onde andam as putas? Questão muito bem respondida pelo Professor Márcio José Rodrigues!!
Obrigada Professor!
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