Em 1940 houvera, na cidade do México,
o 1º CONGRESSO INDIGENISTA INTERAMERICANO. A data de 19 de abril marcou o dia
em que representantes indígenas resolveram comparecer, posto que, amedrontados
e desconfiados com as atitudes históricas dos brancos, em suas lembranças só registravam expulsões,
mortes, massacres e invasões.
Na história americana em geral, a
chegada de Cristóvão Colombo e dos conquistadores espanhóis (Francisco Pizarro, Hernán Cortez) representou o
genocídio, o desaparecimento de várias raças e o esmagamento de várias culturas, mais notoriamente os incas.
Infelizmente, no Brasil, também não
foi diferente pata tupis, guaranis, tamoios, tupinambás.
Crianças Guaranis - imagem Google |
Em santa Catarina, a ocupação do sul
e a colonização portuguesa, bem como a italiana e alemã, não trazem nada de
glorioso para os nossos ancestrais, uma vez que os povos indígenas não foram
poupados na expulsão e destruição em massa de suas aldeias.
Em nossa região de Embiaçá (Laguna)
aproximadamente 250.000 carijós foram exterminados no processo de caça ao índio
para a escravidão nas fazendas de São Vicente e São Paulo.
Quem conhecer a religião dos nossos
guaranis ficará surpreso com sua noção de Deus, Nhanderu-ête, pai criador, por
cuja palavra tudo foi criado do nada, tradição de mais de cinco mil anos, difundida
pelo povo tupi, um pouco anterior à Bíblia.
Saberá de uma terra que espera os
bons a pós a morte, a “terra do sem mal”, do dilúvio, da extinção dos
dinossauros.
Sua cultura resgatou para nós, grande
parte de segredos medicinais, culinária, produtos agrícolas, como o milho e a
mandioca, legados tão importantes à nossa sobrevivência.
A partir de hoje, quem sabe, possamos
olhar com mais respeito para a questão do índio brasileiro e dos nossos
guaranis e xoklengs sentados nas calçadas vendendo seus esmerados adereços e
contemplados na maior pobreza.
texto e postagem márcio josé rodrigues
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