terça-feira, 9 de julho de 2013

ONDE ANDA O ACERVO DO MUSEU ANITA GARIBALDI?


Por Dra. Ana Cláudia Duarte Rodrigues

Boa noite, caríssimos amigos.
 Não sou muito de postar, mas hoje, senti tal necessidade, apesar de ser para reclamar... Será que a gente só sabe fazer isso?
Ontem estava uma tarde agradabilíssima e aproveitei que o centro histórico estava com o comércio fechado e fui passear com a minha filha... ver vitrines e tal.
Márcio e Ana Cláudia Duarte Rodrigues.
Decidimos visitar o Museu de Anita Garibaldi, que quando eu era criança sempre entrava de graça. Não sei se é porque eu era menorzinha, mas antigamente ele me parecia bem maior... Eu e a Maria Antônia não demoramos mais do que meia hora para olharmos todo o acervo. A impressão que eu tive é de que o acervo está completamente desfalcado. E não é só isso: não existe alguém que oriente o visitante enquanto ele está ali, não existe legenda adequada para que nós nos orientemos no que estamos vendo. Piada: tem até pedaço de papel escrito a mão servindo de legenda. Sinceramente, será que algum ou alguns gatunos surrupiaram o que é propriedade nossa para alguma coleção particular? A gente desconfia, né. Hoje em dia desconfiamos de tudo, infelizmente. Outra coisa: Não há legenda em braile e não há acessibilidade ao piso superior a cadeirantes. Quem é o museólogo responsável pelo acervo. Acho que nós todos, lagunenses e lagunistas, temos a obrigação de monitorar e cobrar mesmo pela manutenção de nossos pontos históricos e turísticos. Não só por conta das pessoas que vem nos visitar, mas por nós mesmos e pela manutenção de nossa história. Sinceramente, fiquei pensando, o que um turista vais aprender visitando o nosso Museu, gente? Será que eu sou muito exigente? Será que realmente a gente só sabe reclamar? Eu vou ficar mais de olho em nosso patrimônio público. E vou cobrar. Já vi que o Facebook é porreta e que nós pacificamente conseguimos mudar as coisas. E que cobrar, exigir é importante, apesar de parecermos chatos demais.
Obrigada a quem leu minha nota. Curta, compartilhe, se quiser e concordar. Ou melhor, tire 30 minutos do seu dia, não vai levar mais que isso e confira o que eu estou dizendo. Visite o museu. Custa 5 pilas. Minha próxima parada será a Casa de Anita.
Boa noite.
Sorte Brasil!
Já deu gol!

ANA CLÁUDIA DUARTE RODRIGUES
é Médica Cardiologista nascida em Laguna, Brasil.
Exerce a medicina especializada nas cidades de Tubarão e Laguna.


2 comentários:

Anônimo disse...

Visitei o museu varias vezes, algumas com meus alunos. Faz alguns anos que não refaço o trajeto...O acervo do museu que tenho bem preservado na memória é que os objetos estavam separado por fatos históricos. No saguão, artefatos da Segunda Guerra (capacetes, canhão, balas de ferro) livros e nas paredes quadros. Na parte superior os ambientes representavam mobiliários colonial (cadeira/namoradeira de palhinha, mesinhas, abajours e objetos decorativos. Havia camas, colcha de renda, mesa de cabeceira, cantoneiras, quadros de Anita e Garibaldi nas paredes. No meio de uma ante sala havia um movel com vidro, um mostruário com vários objetos do tempo colonial. Chamava atenção os de prata (brincos, bolsinhas de mão confeccionada com prata treliçada (lindas) e alça de corrente. Havia talheres, pratos de porcelana, vasos, canfora, bacias com pintura colonial. Lembro também de um tamanco holandes, que atiçava a imaginação sobre caminhar com. Voltarei ao museu para rever tudo o que tenho registrado na memória, com a consideração que um museu é mais que um amontoado de objetos, ele retrata e preserva "vida". E, uma vez constituído, há de ser zelado e resguardado pois não se pode subtrair desta geração o reconhecimento do nosso (ante)passado. Veronica Santos Silva

Anônimo disse...

Interessantes os questionamentos da Dra. Ana Cláudia.Muito boa a narrativa da professora Veronica. Fátima Barreto Michels.