Por Dra. Ana Cláudia Duarte Rodrigues
Boa noite, caríssimos amigos.
Não sou muito
de postar, mas hoje, senti tal necessidade, apesar de ser para reclamar... Será
que a gente só sabe fazer isso?
Ontem estava uma tarde agradabilíssima e aproveitei
que o centro histórico estava com o comércio fechado e fui passear com a minha
filha... ver vitrines e tal.
Márcio e Ana Cláudia Duarte Rodrigues. |
Decidimos visitar o Museu de Anita Garibaldi, que
quando eu era criança sempre entrava de graça. Não sei se é porque eu era
menorzinha, mas antigamente ele me parecia bem maior... Eu e a Maria Antônia
não demoramos mais do que meia hora para olharmos todo o acervo. A impressão
que eu tive é de que o acervo está completamente desfalcado. E não é só isso:
não existe alguém que oriente o visitante enquanto ele está ali, não existe
legenda adequada para que nós nos orientemos no que estamos vendo. Piada: tem
até pedaço de papel escrito a mão servindo de legenda. Sinceramente, será que
algum ou alguns gatunos surrupiaram o que é propriedade nossa para alguma
coleção particular? A gente desconfia, né. Hoje em dia desconfiamos de tudo,
infelizmente. Outra coisa: Não há legenda em braile e não há acessibilidade ao
piso superior a cadeirantes. Quem é o museólogo responsável pelo acervo. Acho
que nós todos, lagunenses e lagunistas, temos a obrigação de monitorar e cobrar
mesmo pela manutenção de nossos pontos históricos e turísticos. Não só por
conta das pessoas que vem nos visitar, mas por nós mesmos e pela manutenção de
nossa história. Sinceramente, fiquei pensando, o que um turista vais aprender
visitando o nosso Museu, gente? Será que eu sou muito exigente? Será que
realmente a gente só sabe reclamar? Eu vou ficar mais de olho em nosso
patrimônio público. E vou cobrar. Já vi que o Facebook é porreta e que nós
pacificamente conseguimos mudar as coisas. E que cobrar, exigir é importante,
apesar de parecermos chatos demais.
Obrigada a quem leu minha nota. Curta, compartilhe, se
quiser e concordar. Ou melhor, tire 30 minutos do seu dia, não vai levar mais
que isso e confira o que eu estou dizendo. Visite o museu. Custa 5 pilas. Minha
próxima parada será a Casa de Anita.
Boa noite.
Sorte Brasil!
Já deu gol!
ANA CLÁUDIA DUARTE RODRIGUES
é Médica Cardiologista nascida em Laguna, Brasil.
Exerce a medicina especializada nas cidades de Tubarão e Laguna.
2 comentários:
Visitei o museu varias vezes, algumas com meus alunos. Faz alguns anos que não refaço o trajeto...O acervo do museu que tenho bem preservado na memória é que os objetos estavam separado por fatos históricos. No saguão, artefatos da Segunda Guerra (capacetes, canhão, balas de ferro) livros e nas paredes quadros. Na parte superior os ambientes representavam mobiliários colonial (cadeira/namoradeira de palhinha, mesinhas, abajours e objetos decorativos. Havia camas, colcha de renda, mesa de cabeceira, cantoneiras, quadros de Anita e Garibaldi nas paredes. No meio de uma ante sala havia um movel com vidro, um mostruário com vários objetos do tempo colonial. Chamava atenção os de prata (brincos, bolsinhas de mão confeccionada com prata treliçada (lindas) e alça de corrente. Havia talheres, pratos de porcelana, vasos, canfora, bacias com pintura colonial. Lembro também de um tamanco holandes, que atiçava a imaginação sobre caminhar com. Voltarei ao museu para rever tudo o que tenho registrado na memória, com a consideração que um museu é mais que um amontoado de objetos, ele retrata e preserva "vida". E, uma vez constituído, há de ser zelado e resguardado pois não se pode subtrair desta geração o reconhecimento do nosso (ante)passado. Veronica Santos Silva
Interessantes os questionamentos da Dra. Ana Cláudia.Muito boa a narrativa da professora Veronica. Fátima Barreto Michels.
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