Colhida na edição de hoje do Diário Catarinense, a publicação da autoria do querido colunista Cacau Menezes, volta a ferir a sensibilidade do povo lagunense ao se referir à ponte de Laranjeiras em Laguna, como "surrealista".
"A Ecovias de São Paulo apresentou ao governo paulista projeto de ponte em arcos que ligaria Santos a Guarujá. A ponte teria 4,5 quilômetros de extensão, vão livre de 85 metros de altura e 120 metros de largura, incluindo três quilômetros de vias de acesso, com orçamento de R$ 1,2 bi e 30 meses para fazer. Para tanto, a Ecovias receberia do governo paulista a prorrogação da concessão do sistema Anchieta–Imigrantes, em prazo ainda não informado.
Podia ser feito com qualquer obra pública muito... “extensa” para os governantes. Essa ponte surrealista de Laranjeiras, por exemplo, ao invés de ser paga pelo povo, por que não é pelas concessionárias que arrecadam na estrada pública, como no exemplo de São Paulo"
Podia ser feito com qualquer obra pública muito... “extensa” para os governantes. Essa ponte surrealista de Laranjeiras, por exemplo, ao invés de ser paga pelo povo, por que não é pelas concessionárias que arrecadam na estrada pública, como no exemplo de São Paulo"
Veja, Cacau.
Quando a velha e abandonada ponte da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina foi construída, os engenheiros preservaram as lagoas, mantendo seu espaço natural. Porém, na ponte rodoviária (Br 101) e sua vizinha ferroviária mais recentes, o projeto apelou para a técnica de aterros para poupar custos, o que criou um "gargalo" que estrangulou a circulação natural entre as Lagoas de Santo Antônio, Imaruí e Mirim. O resultado foi um desastre ecológico que vem matando as lagoas, destruindo a fauna e produzindo um assoreamento quase irrecuperável, a não ser ao preço de inimagináveis milhões. Cacau, as lagoas estão apodrecendo, perderam a profundidade, milhares de pessoas perderam o sustento da família e a cidade já perdeu a maior parte de sua renda, a pesca, principalmente a do camarão.
Este novo projeto "surrealista" tem, na verdade, uma visão realista que não usa aterros e deixa em paz a vida lá embaixo, além de ser ecologicamente correto.
Sendo o projeto arcado pelo governo ou por pedágio de empresas, o dinheiro sai do couro do povo, de qualquer forma.
Sendo o projeto arcado pelo governo ou por pedágio de empresas, o dinheiro sai do couro do povo, de qualquer forma.
Quer imaginar um absurdo?
Porque não fazer um aterro entre a Ilha e o continente, com uma bela rodovia de vinte pistas por cima e, bem no meio, um tubulão para água passar entre as baías norte e sul?
Desterro viraria uma charmosa península, resolveria o sufoco das pontes, baratinho, baratinho e ainda poderia mudar o nome para "Aterro".
Carinhosamente, e com todo o respeito.
2 comentários:
Caro escritor Márcio José Rodrigues: por certo o colunista Cacau Menezes está equivocado. Gostei muito das ponderações que você fez acerca do que diz o Cacau no Diário Catarinense. Inclusive achei excelentes as sugestões lá pra Floripa.
Abraço. Ma de Fatima Barreto Michels.
Muito bom!!! Muito bom!!! Cacau não sabe mais nem do que fala. Pelo jeito tudo o que conta nas suas palavras é destilar uma inveja que é visivelmente desagradável.
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