O famoso
regente orquestral brasileiro, cearense Eleazar
de Carvalho, estudou música nos Estados Unidos onde se tornou Doutor em Música
pela Washington State University.
Nos estados
Unidos, foi Dirigente Musical e regente da Saint Louis Sinphony Orchestra
e atuou ao lado de monstros sagrados como Leonard Bernstein, a quem sucedeu
após amorte.
No Brasil regeu a Orquestra Sinfônica Brasileira do Rio de
Janeiro, Orquestra Sinfônica de São Paulo e Orquestra Sinfônica de Porto
Alegre.
Conta-se que, certa vez, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro estava
regendo Orquestra Sinfônica Brasileira num espetáculo clássico de gala, com a
presença do então Presidente do Brasil, João Batista Figueiredo. Num dado
momento o presidente começou a conversar com um ministro ao seu lado.
O maestro deu uma travada rigorosa na orquestra, largou a batuta e
retirou-se do palco, encerrando o espetáculo, deixando Sua Excelência
completamente “quadrado” diante da nação.
Quando ele era o maestro regente da OSPA de Porto Alegre, houve um
festival internacional de corais em Montenegro, RS. O Coral Santo Antônio de
Laguna era um dos pré-selecionados para o evento. No “grand finale”, o momento
mágico da noite, todos os corais estavam reunidos em um só para entoarem o
Hallelluja de Handel, sob a batuta da lenda viva Eleazar de Carvalho. O silêncio absoluto traduzia a tensão do
esperado momento.
A música dominava
majestosa, quando um inocente fotógrafo desavisado, pé ante pé, entra
silenciosamente no palco em busca de um ângulo magistral e, PIMBA!
O maestro
trava de chofre o gigantesco coral de mais de quatrocentas vozes e encerra a
execução.
Só que desta
vez ele foi condescendente. Esperou que o intruso se retirasse e recomeçou. Daí
em diante tudo fluiu sem incidentes até o final, numa apresentação
inesquecível, digna do aplauso interminável de uma plateia extasiada.
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