quarta-feira, 30 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
GRACINHA RODRIGUES
Nossa rainha está de aniversário neste 20 de novembro.
Seu pequeno reino quer prestar-lhe uma singela homenagem , mas com muito amor.
São os pequenos e os marmanjos sempre dependentes de seu carinho e de sua atenção que desejam:
VIDA LONGA À RAINHA!
FELIZ ANIVERSÁRIO!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
15 DE NOVEMBRO
Sede construídaem 1945 nos dias atuais |
Anos 60 - aspecto do cooquetel oferecido às debutantes. Márcio José Rodrigues, Adib A. Massih e três jiovens da sociedade blondinista . (foto Bacha) |
texto, postagem e fotos em cores por Márcio José Rodrigues
Hoje, 15 de novembro, data da proclamação da República no Brasil, confesso saudades de Dom Pedro II e a Laguna dos últimos anos do Império.
Nesse dia, em 1887, dois anos antes do fim do Império Brasileiro, jovens atletas lagunenses, apaixonados pelos feitos extraordinários do “ Incrível Blondin” fundaram um clube de ginástica.
Francês de nascimento, Jean François Gravelet, provavelmente o maior equilibrista e acrobata de todos os tempos, foi autor de tais façanhas nessas artes, que se tornou personagem de fama mundial, sob o nome artístico de Blondin.
Sobre uma corda bamba, atravessou o desfiladeiro das Cataratas do Niagara, um vão de 350 metros de extensão, a uma altura de 50 metros. E e o fez várias vezes (de olhos vendados, com um carrinho de mão, com um homem às costas e uma vez, equilibrando-se sentado em uma cadeira, que se apoiava na corda, com apenas um pé) mesmo com ventos que interferiam na façanha, balançando-a perigosamente.
O clube de ginástica logo passou a promover saraus e transformou-se no clube social mais importante de Santa Cartarina, congregando o mais representativo da sociedade abastada e culta.
Em meados do século XX (1945) construiu a sede que até hoje permanece, obra do Presidente Paulo Carneiro, à frente de uma diretoria dinâmica e empreendedora.
O CLUBE BLONDIN foi durante um século inteiro o lugar de encontro da sociedade Lagunense, cenário dos mais brilhantes bailes, apresentações de orquestras internacionais. Memoráveis os bailes de carnaval, onde reinavam os blocos de salão com sua luxuosas fantasias, os “Bola Preta e Bola Branca”, dos grandes saraus, dos encontros das famílias de destaque, dos esplendorosos bailes de debutantes e do tradicional “Baile do Champagne”, onde pontificava o “Conjunto Melódico Ravena”.
Foi um tempo, em que, mesmo a sociedade mais requintada das cidades vizinhas, necessitava de apresentações especiais de um sócio do clube, para conseguir ingresso em seus salões.
Hoje, ao completar 124 anos, passei para visitá-lo e o encontrei com correntes na porta principal.
O BLONDIN é um ainda lindo casarão na praça central, com uma certa dignidade em seu porte arquitetônico em destaque, mesmo demonstrando velhice e sinais de ruína.
Mas, aquela sociedade que o fazia importante ausentou-se ou morreu e hoje resta a franca decadência e nenhum sinal de recuperação.
Como presidente que fui, por vários mandatos nos anos sessenta, sinto uma imensa saudade do que era e um desejo de reerguê-lo para entregá-lo ao povo de Laguna como patrimônio da cidade.
Sede do Clube Blondin até 1945 |
Novembro 2011 - Ingressos à venda a quem puder pagar |
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
AO QUE FICA
AO QUE FICA
por Marco Antônio Duarte Rodrigues
Na hora do adeus mais doloroso, Tem-se uma certeza: A vida não é justa! E não é! Lembra que a Justiça é feita pelos humanos, Não por amor, Mas por sobrevivência e agonia. A Justiça, este sistema, É contratada pelos homens E a vida, esta caprichosa, Nem liga para esta assentada. Só te resta ter a esperança, Que desse fardo tão agressivo, Tenhas corcunda de couro grosso Para que a dor, Esta indelével companheira, Permita distrair-te Por em alguns momentos Desta crua existência.
postagem por márcio josé rodrigues
terça-feira, 8 de novembro de 2011
PEDRO E A PRIMEIRA COMUNHÃO
texto e postagem Márcio José Rodrigues
Numa manhã privilegiada, inundada de sol em Florianópolis, um grupo angelical de meninos e meninas, refulgindo a luz interior de uma pureza comovente de alma e coração, teve o seu primeiro encontro com Jesus, pelo Sacramento da Eucaristia.
A celebração aconteceu na acolhedora Igreja de Santo Antônio no centro da cidade nesse domingo de 6 de novembro de 2011.
,
Pedro.nosso neto de 10 anos estava entre eles.
Pela repetição da cerimônia memorial do sacrifício de Cristo, eles participaram da santa ceia e da partilha do pão, onde o divino e o humano realizam o mistério da comunhão sacramental, ponto culminante e transcendental da fé católica apostólica romana.
Pedro é uma criança.
Cabe aos pais, Márcio e Ana Christina, à família, aos padrinhos e à Igreja, auxiliá-lo na perseverança de sua fé, talvez muito mais difícil no momento atual da sociedade humana. Tarefa, sem dúvida árdua, mas que, com a parceria de Jesus, será um feliz passeio pela vida.
O acontecimento mereceu depois, uma comemoração à altura, com um lauto almoço em família.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
DIA DOS MORTOS
por Márcio José Rodrigues
Por que será que colocamos flores condenadas a murchar, para enfeitar os túmulos dos nossos saudosos mortos?
Não existe nada mais deprimente e triste que passar por um cemitério no dia seguinte a um funeral ou ao dia dos mortos.
É no dia seguinte que a morte exibe sua verdadeira face.
Sobre os túmulos melancólicos e tristes, flores murchas debruçam impotentes seus talos sem força. Ontem, rosas imponentes, viçosas desafiavam com sua beleza e majestade, a humildade solene de brancos lírios, do colorido dos crisântemos, o perfume dos cravos e a pobreza das margaridas.
Pois são exatamente elas, as soberanas rosas, a mostrar primeiro a ação da mão doentia da morte. Pétalas aveludadas e viçosas, coloridas, despencam dos cálices e as que ainda teimam e equilibrar-se nas corolas cabisbaixas, já ostentam a marca amarelada de ocre do fim de sua efêmera existência.
Em tudo domina um perfume agressivo, picante, acre, que a nenhum outro foi dado para representar com tanto realismo o cheiro da morte.
A agonia que nos assola, pede que removamos logo aquele entulho do campo santo, para deixar tudo limpo e arrumado, como uma cidade varrida e bem cuidada.
Por que, pessoas que viveram ao nosso lado e tantas vezes interagiram conosco em vida, só mereceram flores no dia da triste despedida?
Procuro entender o simbolismo do gesto amável dos familiares saudosos em homenagear seus “entes queridos” na dia dos finados.
Talvez haja em cada gesto, um misto de saudade e de remorsos, amor e sentimento de culpa, por pensarmos talvez, que não fizemos o bastante por eles enquanto estiveram ao nosso lado, enquanto podíamos ter-lhes trazidos uma flor, simplesmente para dizer que os amávamos e queríamos tão somente alegrar mais o seu dia.
Procuro um pensamento me consiga trazer alguma luz para entender essa questão dualista que me incita e desafia .
Será talvez aquele lado doce da saudade, para aquelas pessoas que fizeram em vida para merecê-lo e para aquelas que, ainda vivas, têm essa delicadeza?
É a intemporalidade da morte, que não existe, assim como a vida também não.
Elas são como que duas palavras de uma mesma frase que só faz sentido quando lado a lado, como as duas faces de uma mesma moeda que só tem valor se as duas estiverem presentes, individualizadas, mas concretas, quando juntas.
Assim como a morte não existe sem a vida, a vida não existe sem a morte.
Só o cristianismo pode compreender o dia dos finados, pois é a única ponte, que a exemplo dos adjetivos e substantivos, preposições e artigos, que quando juntos, dão sentido ao verbo existir, é a COMUNHÃO DOS SANTOS que une mortos e vivos em uma só e eterna comunidade, onde a morte é apenas um advérbio de tempo.
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