quarta-feira, 3 de agosto de 2011

AFONSO PRATES SILVA


Envelheci
por Afonso Prates Silva

Ah! Juventude.
Que clamas para envelhecer.
Queres a maioridade,
E quando as tens,
não valorizas,
não sabes o que fazer.

O tempo dispara como um raio na tempestade.
O hodômetro da vida não para,
escapa pelas mãos,
o vigor que se afasta.

O corpo já não responde
Os reflexos diminuem,
é quando percebemos,
que  realmente,
envelhecemos.

Sentado, cabisbaixo  a pensar
Levanta-se num ímpeto esforço,
alma triste,corpo sofrido,
reflete o malogro e a  angustia
de uma vida distante,
a abraçar o tempo.

É o ciclo natural,
é a vitoria da razão
seguimos  nossas mazelas,
nossos  tormentos,
entretanto lembro sempre,
que só  envelhecemos
quando trocamos os sonhos
 pelos  lamentos.


Afonso Prates Silva é professor, escritor e poeta de Laguna SC

Formatação e postagem Márcio José Rodrigues


7 comentários:

Clarice Villac disse...

Bonito poema, principalmente porque finaliza com Esperança & Sonhos !
Cada um de nós tem tanto pra repartir, pra ensinar !

INAMAR disse...

Linda maneira de expressar essa etapa do ciclo da vida.
Mas sonho é vida a ser concretizada. Lindo poema.

Anônimo disse...

Também gostei! E acrescentando os meus parabéns ao Afonso, cumprimento o blogueiro por divulgar a poesia. Abraço da Fatima Barreto Michels.

Asas da Ilusão disse...

Belo poema...espero nunca trocar meus sonhos por lamentos...mas sim por reallizações!
Saudações poéticas!

Anônimo disse...

É como disse o poeta - o envelhecimento do corpo é um processo natural da vida, portanto não é possível evitá-lo. Porém, para o envelhecimento da alma, existe uma "vacina" - jamais parar de sonhar...

Regina...

Anônimo disse...

Pois não é que o "seu" Romeu ensinou e o menino aprendeu!
Concordância perfeita...
e nem dos elementos gregos esqueceu. (hodós - via, caminho - do hodometro).
Gostei desse teu poema e também do conto da Vovó que, silenciosamente, guardou debaixo da cama o ouro do alemão sovina. Mas o que gostei mesmo foi saber-te bem.
Afonso, caro colega de há mais de 55 distantes anos, ai vai um grande abraço pleno de saudades pela distância temporal e de felicidade pelo reencontro ainda que virtual.
Com carinho do João Jerônimo de Medeiros, de sua turma do Ginásio Lagunense -1956.
Parabéns por sua carreira e vida.
Afonso

Anônimo disse...

PAPI LINDO MAS LEMBRA QUE QUEM TEM 95 TE ACHA UM GURI HEHEHEHEHE TE AMO FELIZ DIA DOS PAIS ...

VALERIA